Cidade mais famosa e turística da Austrália, Sydney certamente merece esse rótulo, e nesse post eu quero te mostrar o que você pode fazer em Sydney e as atrações que eu escolhi para o meu roteiro de 4 dias nessa cidade que me encantou de diversas maneiras.
Vou iniciar esse post com uma informação/curiosidade sobre a Sydney. Apesar de ser a cidade mais populosa do país e a mais conhecida, Sydney não é a capital da Austrália, como muitas pessoas pensão que é.
A capital australiana é a cidade de Camberra, que fica quase que na metade do caminho entre as cidades de Sydney e Melbourne. A localização de Camberra tem um motivo, como Sydney e Melbourne estavam brigando para ver quem seria a capital do país, Camberra foi construída justamente para ser a capital do país, encerrando a disputa entre as cidades.
Voltando agora para as informações turísticas. Vou mostrar agora para vocês, as atrações que eu escolhi para visitar em Sydney no meu roteiro de 4 dias na cidade.
Dia 1: Walking Tour e os principais pontos turísticos
Essa dica eu considero valida para qualquer cidade que você vá visitar. Eu considero um Walking Tour a melhor maneira para se conhecer uma cidade, portanto, comece a visita a cidade com um Walking Tour. A sua percepção da cidade será outra após ter um local te guiando e contando curiosidades sobre ela.

O pessoal da I am Free oferece 2 Walking Tours diários. Na parte da manhã, mais precisamente as 10:30, acontece o Sydney Sights que percorre toda a região central e os principais pontos turísticos da cidade. Já as 18h ocorre o The Rocks, walking tour focado no bairro histórico do The Rocks.
Eu acabei fazendo o Sydney Sights, mas se você tiver tempo, certamente o tour pelo The Rocks vale muito a pena também. O Sydney Sights leva pouco mais de 2h e inicia em frente ao Town Hall, passando por diversos lugares da cidade, finalizando em Circular Quay. Confira no site do I am Free o roteiro completo.

Lembrando que ambos os tours precisam ser agendados no site deles e você só paga ao fim do walking tour o quanto você estiver disposto a pagar.
Dia 1: Circular Quay
Circular Quay é um dos principais hub de transporte publico e o principal terminal de balsas de Sydney. Daqui você consegue pegar uma balsa para diversos outros pontos da cidade. Sem contar com a estação de metro que leva o mesmo nome, e dela você pode pegar um metro até o aeroporto da cidade.

Como Circular Quay acaba sendo o principal destino dos turistas, muita gente que chega de navio aqui ou até mesmo de avião e tem poucas horas na cidade, deixa por exemplo suas malas em um dos lockers que há por Circular Quay e vai explorar a região.
Dia 1: The Rocks
Como finalizei o tour em Circular Quay, fui direto para o bairro Histórico The Rocks, que fica a poucos metros dali.

Em The Rocks você encontrará diversas lojas, restaurante e bares, entre eles o First Fleet Bar & Bistrô, pub mais antigo de Sydney, que funciona desde 1828.
O bairro é bem pequeno e em menos de 2h você o conhecerá praticamente inteiro. As principais ruas são George Street, Playfair Street e Cumberland Street.

Aos sábados e domingos das 10h as 17h ocorre o The Rocks Market, uma feirinha com diversas barracas de artesanato e comida por toda a George Street. Como o dia que eu estava lá era um sábado, acabei unindo o útil ao agradável e almocei na feirinha mesmo.
Outra dica interessante, caso queira mais detalhes sobre o bairro, você pode utilizar esse aplicativo aqui e fazer um tour guiado por áudio através dele.
Dia 1: Sydney Harbour Brigde
Depois de conhecer o The Rocks, fui ver de perto a icônica Sydney Harbour Bridge. Partindo do The Rocks, na Cumberland Street você encontrará um elevador que te levará até a ponte. Aí você pode decidir se vai atravessar ela inteira ou ir até algum determinado ponto dela para ter uma vista diferenciada da cidade, que foi o que eu fiz.

Quem quiser ter uma vista ainda melhor, no Pylon Lookout & Museum, por AUD24,95, você terá acesso ao museu e ao mirante no topo. Lembrando que esse museu fica literalmente na estrutura da ponte, e você terá uma 360° da cidade.

É possível também escalar a ponta até o seu ponto mais alto através do Bridge Climb Sydney. Mas essa é uma brincadeira bem salgada e os preços partem de AUD294.
Dia 1: Sydney Opera House
Voltando da Sydney Harbour Bridge, cruzei novamente Circular Quay até o outro lado para conhecer o principal cartão postal da cidade, o Sydney Opera House.

O Sydney Opera House não é apenas uma atração turística, por aqui durante o ano todo ocorrem diversas apresentações de Ópera, Teatro, Shows, entre outros. O local também é a sede da Orquestra Sinfônica de Sydney.

Além das apresentações, há também os tours guiados pela local que custam a partir de AUD43,00. Lembrando que durante o tour não é permitido tirar fotos dentro do lugar.

O Sydney Opera House é muito maior do que você imagina. Dentro dele há 5 teatros, 5 estúdios de ensaio, dois auditórios, além de diversos restaurantes e bares.
Dia 1: Royal Botanic Garden
Após fazer algumas fotos e visitar por fora o Sydney Opera House, fui direto para o Royal Botanic Garden. Uma de suas entradas fica bem ao lado do Opera House.

O Royal Botanic Garden é bem grande, tanto que há um Walking Tour diariamente que percorre só o ele. Para facilitar sua visita ao local vou citar alguns dos lugares que visitei nele.
- Government House
- Sandstone Pavillion – Herb Garden
- The Garden Shop
- The Calyx
- The Sydney Fernery
- Mrs Macquarie’s Chair
Como já era fim do dia, aproveitei também para ver o por do sol de lá mesmo, que na minha opinião é uma das melhores atrações do lugar. Próximo ao Mrs Macquarie’s Chair você terá um dos melhores pontos para observar o por do sol de lá. Daqui você verá o sol se pondo atrás do Sydney Opera House e do Sydney Harbour Bridge, é sem dúvidas um espetáculo.

Dia 1: Darling Harbour
Eu não comentei no inicio, mas como o Walking tour iniciava somente as 10:30, aproveitei para dar uma caminhada por Darling Harbour também antes do tour iniciar. Entretanto o melhor de Darling Harbour é certamente a noite.

A região é repleta de restaurantes, bares, principalmente na King Street Wharf. Aos sábados ocorrem queima de fogos de artifícios. E não é de se exagerar que a queima dura mais que em muitas cidades em época de virada de ano.

Caminhando por Darling Harbour, encontrei o restaurante Meat Distric Co. que servia carne de canguru. Já que estava com fome, aproveite para provar a carne. Achei bem saborosa a carne, mas confesso que não vi muita diferença para a carne de gado, há não ser por ter um sabor um pouco mais forte. Mas já que estamos na terra do canguru, vale a pena provar essa iguaria.

Durante o dia há diversas atrações que podem te interessar em Darling Harbour, entre elas:
- Sydney Aquarium
- Wild Life Sydney Zoo
- Museu de Cera Madame Tussauds
- Australian National Maritime Museum
Caso tenha interesse em visita-los, os três primeiros você pode comprar num combo que sai bem mais barato. Vou deixar o site do Sydney Aquarium como exemplo onde é possível comprar o combo das atrações.

Dia 2: Blue Montains
Fugindo da cidade grande, o segundo dia tirei para conhecer o Blue Mountains National Park. Famoso parque nacional que fica na cordilheira australiana, localizada a pouco mais de 2h de Sydney.

Nesse parque existem várias trilhas que nos levam há diversas cascatas. Mas a atração principal é os três arenitos que se encontram um do lado do outro, conhecido como Three Sisters.
Muitos tours vêm de Sydney só para ver as Three Sisters, mas o ideal é você tirar pelo menos um dia para conhecer o parque.

O parque fica entre as cidades de Leura e Katoomba, sendo a segunda a melhor maneira de chegar até ao parque. Você pode visitar o lugar alugando um carro, comprando o tour com uma agência ou fazendo tudo por conta própria utilizando o transporte público de Sydney, que foi a maneira que utilizei por ser a mais barata.
Eu vou escrever um post detalhado sobre esse passeio mas fica abaixo a lista das principais atrações do parque.
- Katoomba Falls
- Trilha Katoomba Falls até Echo Point
- Echo Point (Mirante Three Sisters)
- Trilha até Three Sisters
- Trilha Echo Point até Leura Cascades
- Leura Cascades
- Trilha Leura Cascades até Gordon Falls
- Gordon Falls
Dia 3: Sydney CDB
Voltando para a região central de Sydney, nesse terceiro o dia o foco é revisitar com calma alguns dos locais passados com o Walking Tour e visitar os outros lugares que ficaram faltando.
Começando pelo Queen Victoria Building (QVB). O QVB é um dos prédios mais bonitos da cidade, quase sendo demolido na década de 80, mas devido a pressão popular, ele acabou continuando em pé e desde 1986 é um shopping center de 5 andares.


Falando em compras, duas ruas não podem ficar de fora. A George Street é a única rua que atravessa Sydney CDB de ponta a ponta, indo desde a estação central de Sydney até Circular Quay. Pitt Street é a principal rua de comercio da região, principalmente a quadra que fica entre a Market Street e a King Street. Pois aqui a rua vira um calçadão com diversas lojas, lugar ideal para fazer umas comprinhas.


Em frente ao calçadão, encontra-se o Pitt Street Mall, nesse shopping é onde fica localizada a entrada do Sydney Tower Eye, o observatório mais alto da cidade. O valor da entrada inicia em AUD26,40.
Alguns metros dali, temos o Hyde Park, uma enorme área verde no coração de Sydney CDB. Nesse parque você encontra o Archibald Memorial Fountain e o Anzac Memorial.

Em frente ao Hyde Park, encontra-se a St Mary’s Cathedral, uma belíssima catedral gótica construída entre os anos de 1868 e 1928.

Por fim, o Sydney Observatory, localizado próximo ao bairro The Rocks, esse parque fica ao lado da Harbour Bridge e é um excelente lugar para ver um por do sol.

Dia 4: Praias de Sydney
Quarto e ultimo dia na cidade, foquei em conhecer as praias da cidade. Logo bem cedo peguei o metro no CDB até a estação central de Sydney, e de lá peguei o ônibus 374 até a Coogee Beach.

Coogee to Bondi Walk
Iniciei por Coogee Beach pois era a praia mais ao sul de Sydney que queria conhecer, e logisticamente falando fazia mais sentido pois eu só iria indo sentido norte até meu último destino.

De Coogee Beach eu fiz o Coogee to Bondi Walk, uma caminhada que não pode ficar de fora da sua lista de coisas do que fazer em Sydney e durante o trajeto você irá passar por praias como Gordons Bay, Clovelly Beach, Bronte Beach e Tamarama Beach antes de chegar em Bondi Beach.
Apesar de Bondi ser a praia mais famosa de todas, já adianto que gostei mais de Bronte Beach e Coogee que dela.
Mesmo essa trilha entre duas das praias mais famosas de Sydney ter um pouco mais de 5km, é uma caminhada bem tranquila e gostosa de se fazer. Todo o trajeto tem calçamento e você irá encontrar diversos turistas a fazendo-a, além claro dos locais praticando exercício. No total levei pouco mais de 2h caminhando.

Ao chegar em Bondi, uma rápida parada no Bondi Icebergs Club, um dos cartões postais de Sydney. Qualquer um pode utilizar a piscina, os valores iniciam em AUD 9,00. Há também um café no local para quem quiser sentar e comer algo.

Em Bondi há diversos restaurantes, fiz uma parada para comprar um fish and chips e comer próximo a praia. observando o mar.
Watsons Bay
Saindo de Bondi Beach, existe a linha de ônibus 380 que nos leva diretamente até Watsons Bay. Em frente a praia tem o belo Roberson Park, ideal para sentar um pouco e descansar apreciando a vista.

Aqui me pareceu um ótimo lugar para apreciar um por do sol, fica a dica para quem tiver a oportunidade. Antes de ir para o próximo destino, uma rápida caminhada pela praia, seguido de pegar o ferry no píer localizado em Watsons Bay. Utilize o Ferry com indicação de Roses Bay que é a próxima parada.
Roses Bay
O que mais me impressionou mesmo foi o trajeto do Ferry onde pude observar uma bela paisagem, além das belíssimas mansões que há pela região.
Eu particularmente não achei Roses Bay tão bonita quanto Watsons Bay, então dei apenas uma volta por lá e em seguida peguei o ferry no mesmo píer, mas agora em direção a Circular Quay.

Durante o trajeto pude pegar um belo por do sol e passar de balsa bem perto do Sydney Opera House. Esse trajeto de ferry com certeza vale muito a pena fazer para poder apreciar toda Sydney Harbour de um ângulo diferente.

E assim, terminou meu roteiro de quatro dias nessa cidade que tanto amei. Espero que possa de ajudar no que fazer em Sydney, pois eu acabei visitando o que achei de mais interessante há se fazer em apenas quatro dias na cidade.
Transporte Público em Sydney
Sydney é muito bem servida de meios de transporte, você pode ir para praticamente qualquer lugar da cidade utilizando ônibus, metro e até balsas.
O cartão de transporte da cidade chama-se Opal e você pode comprar em diversos pontos da cidade, inclusive no aeroporto. A grande vantagem é que você pode utilizar seu catão de crédito ou débito diretamente e terá exatamente os mesmos benefícios e tarifas do cartão Opal.
A melhor parte é que há um limite diário de valor gasto no transporte público, ou seja, durante dias de semana você não irá gastar mais que AUD16.80 por dia e nos fins de semana esse valor cai pela metade, para AUD8.40. Uma maravilha não?
Utilizar o transporte público certamente vai te ajudar a economizar um bom dinheiro. Entretanto, não se esqueça de usar sempre o mesmo cartão para cair nessa isenção após o valor limite.
O valor de cada passe individual varia com a distância e o tipo de transporte que vai utilizar. Lembrando que fora dos horários de pico, a tarifa também é mais baixa. Portanto confira no site oficial o valor de cada tarifa.
Utilizando o trip planner você também conseguirá simular o valor de cada viagem sua. Portanto não deixe de conferir. O Opal também tem app tanto para Android como IOS, sendo possível fazer as mesmas simulações nele.
Metrô do aeroporto até Sydney CDB
Um parenteses para a estação de metrô no aeroporto de Sydney. Essa estação é da iniciativa privada, portanto há uma taxa extra ao utilizar ela.
Portanto, para ir do aeroporto até o centro, você irá pagar uma taxa fixa de AUD15.74 mais AUD3,79 se for horário de pico, caso contrário será mais AUD2,65. Outro detalhe importante é que essa taxa não está inclusa na tarifa máxima que pode ser paga diariamente conforme comentei anteriormente.



Catarinense morando em Curitiba, formado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas pela UTFPR e pós graduado em Gestão de Banco de Dados pela PUC-PR, que fez seu primeiro mochilão aos 24 anos, se apaixonou e nunca mais conseguiu parar.