O Morro do Anhangava está localizado no Parque Estadual Serra da Baitaca, na cidade de Quatro Barras, região metropolitana de Curitiba. A região da Serra do Mar paranaense é muito conhecida por montanhistas e amantes da natureza por apresentar montanhas dos mais variados níveis de dificuldade.
Dentre as montanhas que se dastacam, está o pico mais alto do sul do Brasil, o Pico Paraná, com seus 1877m de altura. Já no Parque Estadual Serra da Baitaca, encontramos três montanhas de fácil acesso e subida, sendo elas: Morro Pão de Ló (1300), Morro do Anhangava (1430m) e Morro do Samambaia (1360m).
Devido a nível de dificuldade relativamente baixo e sua proximidade com a capital, o parque atrai muitos turistas e montanhistas de primeira viagem. Até por isso, o parque conta com uma boa estrutura. Suas trilhas são bem demarcadas, com ganchos de apoio nas partes mais íngremes, além de um ponto de apoio na entrada do parque, chamado trailer do IAT.
Cadastro no trailer do IAT
Antes de iniciar a subida, você precisa passar no trailer do IAT (Instituto Água e Terra) deixar seu nome, telefone, contado de emergência e informar qual morro irá subir. A partir daqui você pode subir qualquer um dos três morros citados mais acima, ou basicamente ir só até a cachoeira do Anhangava, o que muitos turistas acabam fazendo, principalmente em dias de calor. Ao voltar da trilha, você deve passar aqui novamente para dar baixa no seu nome.
Como chegar até o Morro do Anhangava?
Partindo de carro de Curitiba, é necessário pegar a rodovia BR-116 sentido São Paulo, depois do trevo do Atuba, na região norte da capital, e seguir por ela até saída 4 a direita para entrar na cidade de Quatro Barras. A partir da avenida principal, basta ir seguindo as placas escrito “Morro do Anhangava” e você logo chegará ao trailer do IAT, no final da Rua Izahir Lago.
Há somente um pequeno estacionamento ao lado do trailer do IAT, que nos fins de semanas acaba enchendo bem rápido. Mas há várias ruas aos arredores onde o pessoal acaba estacionando, portando achar lugar para estacionar não deve ser um problema.
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Já para quem não tem carro, também é possível ir de ônibus saindo de Curitiba. Basta pegar a linha Curitiba – Quatro Barras no terminal Guadalupe no centro de Curitiba e descer no terminal de Quatro Barras. Depois, pegar a linha Boda do Campo e descer no Ponto final, que fica a poucos metros do trailer do IAT.
Quanto tempo leva para subir? É realmente fácil?
O tempo médio de subida para uma pessoa com um mínimo de preparo físico é de 1h30m há 2h para chegar ao topo. Nesse tempo já incluí algumas paradas para descanso e também fazer ótimas fotos e admirar a paisagem.
Cerca de meia hora desse trajeto é bem pouco inclinado, é basicamente andar no meio da mata até chegar de fato ao pé da montanha. Apesar de sua altura de 1430m acima do nível do mar, a altura realmente subida é de 614m, segundo o que o aplicativo Strava marcou.
Na imagem abaixo, está o trajeto e tempo total de movimentação que levamos para subir e o Morro do Anhangava, descendo pelo Morro do Samambaia e passando também pela Cachoeira do Anhangava.
A maior parte da subida é feita em uma trilha larga e bem demarcada, com muitos degraus feitos com o auxílio de pedras que foram colocadas lá por voluntários do montanhismo da região. Facilitando e muito nas partes mais inclinadas.
Há somente alguns pontos que nem diria que são difíceis, mas sim de maior desafio. São pontos quando é necessário “escalar” alguma pedra ou paredão de pedra.
Porém não se preocupe, nessas horas, você encontrará toda a estrutura necessária para subir. Foram adicionadas diversos grampos de ferro nas pedras que formam literalmente uma escada nesses pontos. Bastando apenas subir como se fosse uma escada de madeira apoiada na parede da sua casa.
O topo do Morro do Anhangava
O momento mais esperado de toda subida de um morro, é a chegada ao seu topo. O topo do morro do Anhangava nos proporciona diversas vistas maravilhosas, como a Represa do Iraí com a cidade de Curitiba ao fundo e com destaque para a vista privilegiada das principais montanhas da região, como o Pico Marumbi e o Pico Paraná.
O topo do morro não tem um local muito plano e a vegetação é alta, então as pessoas acabam se concentrando em alguns pontos mais elevados onde ficam algumas rochas. Só achei que ficou faltando o livro de registro para poder assinar e deixar marcada nossa visita, assim como alguns outros morros da região tem.
Descida pelo Morro do Samambaia
Uma opção interessante para quem não quiser fazer exatamente o mesmo caminho para voltar, é descer o Anhangava pelo Morro do Samambaia. O início da trilha é um pouco escondido, mas basta ir para o lado oposto de onde subimos ao topo do Anhangava, em uma baixada ao lado de uma pedra enorme, você verá o início da trilha.
Desse ponto você descerá um bom trecho até começar a subir novamente. Já adianto que apesar de no geral a trilha ficar mais longa, ela é bem mais fácil e bem menos íngreme que a subida do Anhangava. Principalmente por não haver a necessidade de utilizar grampo algum. A nossa descida levou basicamente o mesmo tempo de subida, pouco mais de 1h20m.
Ao chegar no topo do Samambaia, você não terá uma vista tão bonita como do Anhangava, aliás, a vista mais bonita daqui é o próprio Morro do Anhangava.
Do topo do Morro do Samambaia, siga a trilha principal toda a vida até você chegar numa estrada de paralelepípedo numa propriedade privada. Não se preocupe, basta seguir em frente e sempre que ver uma placa Trailer do IAP (Antiga nomenclatura do IAT) ou Trailer B. Campo, siga sempre a direção indicada.
Em algum momento essa trilha se juntará novamente com a trilha de quem sobe/desce o Anhangava. Nesse ponto, basta seguir o sentido que a placa Trailer B. Campo diz.
Cachoeira do Anhangava
A entrada da Cachoeira do Anhangava fica já bem no início da trilha para quem sobe o morro. Há uma bifurcação na trilha com uma placa que indicará a montanha ou a cachoeira do Anhangava. Da bifurcação até a cachoeira é pouco mais de 10 minutos de caminhada, bem tranquilo.
Muita gente vem para cá somente para ir na cachoeira. Para você ver como é tranquilo chegar lá, muitos vem com coolers e bolsas para passar o dia na cachoeira.
A água para variar é bem gelada e como era um domingo de muito calor, o local que não é muito grande, estava lotado de gente.
Ao retornar, não esqueça de dar baixa no seu nome e aproveite para repor as energias tomando um caldo de cana e comendo um pastel. Como não ficamos muito tempo na cachoeira, o tempo total do passeio, considerando todas as paradas da algo próximo de 4h.
Catarinense morando em Curitiba, formado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas pela UTFPR e pós graduado em Gestão de Banco de Dados pela PUC-PR, que fez seu primeiro mochilão aos 24 anos, se apaixonou e nunca mais conseguiu parar.